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“Há uma percepção de impunidade na internet que precisa ser combatida”, diz Ernesto Marques, presidente reeleito da ABI

Ele lembrou dos casos de pânico, dignos de filme apocalíptico, ocorridos nos municípios de Itabuna e de Mutuípe, em dezembro de 2021 Fonte: https://m

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Ele lembrou dos casos de pânico, dignos de filme apocalíptico, ocorridos nos municípios de Itabuna e de Mutuípe, em dezembro de 2021

Fonte: https://muitainformacao.com.br • Por Nicolas Melo

Foto: Reprodução- A Tarde Online- Raphael Muller

A 20 dias para terminar o ano e, com ele, o governo de Jair Bolsonaro (PL), marcado por uma série de polêmicas, entre elas, uma enxurrada de fakes news (notícias falsas), o presidente da Associação Baiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques, refletiu sobre o atual momento e as mazelas causadas pela desinformação sobre a sociedade.

Entre os episódios lembrados pelo jornalista estão os casos de pânico, dignos de um filme de cinema apocalíptico, ocorridos nos municípios de Itabuna e de Mutuípe, em dezembro de 2021. Uma notícia falsa sobre o possível rompimento de duas barragens levou a população das duas cidades ao caos em questão de poucas horas.

“A gente lembra daquela brincadeira de mau gosto feita em Itabuna, que gerou cenas de cinema. Todos querendo sair em pânico da cidade de uma vez e tudo engarrafado, naquele desespero, por causa de uma notícia falsa. Coisa parecida aconteceu em Mutuípe. Pessoas que aplicaram golpes aproveitando da solidariedade de quem queria colaborar com as pessoas que estavam perdendo tudo”, disse em entrevista com o editor-chefe do Portal M! e colunista do jornal A Tarde, Osvaldo Lyra, nesta segunda-feira (12).

Mesmo que haja pautas em tramitação no Congresso, que a imprensa brasileira esteja empenhada no combate às fake news, ainda há um caminho longo a ser percorrido, principalmente por não ter muito empenho da própria população em checar o fato antes de ser repassado.

“Infelizmente, a gente ainda não viu um avanço nesse sentido. Muito pelo contrário. Todos os sinais nos levam a manter uma preocupação elevada e uma preocupação também em encontrar maneiras da sociedade se proteger”, lamentou o presidente da ABI.

“Infelizmente a gente vê até uma certa avidez de passar adiante conteúdos sem algum tipo de verificação, ou às vezes conteúdos sabidamente falsos. Então, há uma percepção de impunidade da internet que precisa ser combatida. Mas eu não vejo solução para isso com uma visão de curtíssimo prazo”, completou.

No entendimento de Ernesto, a situação é ainda mais delicada quando pessoas ou instituições são expostas a uma situação vexatória por meio de uma informação não verdadeira e as pessoas que transitam nos ambientes virtuais repercutem, fortalecendo a desinformação.

“E aí não se vê limite, nem se tem escrúpulo na hora de atacar uma pessoa, na hora de expor a intimidade de alguém, na hora de atacar uma empresa, uma instituição. E, como eu disse, é uma situação preocupante e sem solução de curto prazo. Mas é uma coisa que nos obriga a um combate permanente”, completou o jornalista.

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